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Conheça os erros mais comuns neste tipo de instalação e como evitá-los: tire o máximo proveito de um sistema com bomba de calor.
.Com a energia aerotérmica, através de bombas de calor, o sistema permite que a água seja arrefecida ou aquecida graças à energia elétrica, sendo uma das melhores e mais eficientes soluções para climatização, especialmente quando combinada com sistemas radiantes e fontes renováveis, como painéis solares. No entanto, a instalação de bombas de calor deve atender a requisitos rigorosos, ou então, todos os seus benefícios serão desperdiçados.
Sergio Espiñeira, Diretor Técnico da Giacomini, expõe os cinco erros mais comuns cometidos na instalação de bombas de calor e como evitá-los.
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1- Não ter caudal e volume suficientes
O sistema de bomba de calor precisa de um caudal mínimo e máximo e uma superfície para funcionar. Na descongelação, a bomba de calor necessita de inércia e de garantir uma reserva de calor para derreter o gelo na unidade exterior.
Assegurar o caudal mínimo é muito importante para garantir o bom funcionamento deste circuito de refrigeração. Sem caudal, o sistema aerotérmico deixará de funcionar.
- Como garantir o caudal e o volume
A utilização de soluções como o BPES, um depósito de inércia que é também separador hidráulico, garante que o caudal e o volume que chega à unidade de bomba de calor estejam corretos.
Se a instalação for muito pequena e não houver espaço para um BPES, deve ser instalado um bypass nos coletores da instalação.
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2- Escolha de uma bomba de calor pela sua potência nominal e não pela real
A potência das bombas de calor comerciais é expressa num valor nominal, ou seja, a sua capacidade respeitando determinadas condições de temperatura. No entanto, quando o equipamento trabalha noutras condições de temperatura (áreas muito frias ou em altas temperaturas de produção) leva a que esta potência nominal não seja totalmente entregue; então falamos da potência real.
O rendimento da unidade de bomba de calor é indicado pela temperatura ambiente exterior e pela temperatura que pretendemos atingir no espaço climatizado. Deve ser calculado de acordo com essas temperaturas para saber realmente qual a percentagem de potência perdida (variação de capacidade), tanto em refrigeração quanto em aquecimento, e subtraí-la da potência nominal: obtém-se assim a potência real que o sistema aerotérmico disponibilizará.
- Como calcular a potência real que o sistema de bomba de calor terá disponível:
Para garantir a potência correta, existem programas de cálculo como o GKPlay da Giacomini, que permitem introduzir todos os parâmetros de uma instalação, as temperaturas de trabalho e do ambiente para calcular a potência real que uma unidade de bomba de calor necessita.
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3- Não instalar um filtro para a unidade de bomba de calor
Tal como acontece com outros tipos de instalações, uma unidade de bomba de calor deve incluir um filtro. A instalação deve garantir este elemento e a sua boa manutenção.
- Que elementos de proteção estão disponíveis?
A Giacomini possui o filtro R74A para ser instalado logo na entrada da unidade de bomba de calor. Também são necessárias válvulas de corte para manutenção e conectores para desmontagem (como os modelos R18, R19 e R20).
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4- Localização de instalação incorreta da bomba de calor
A localização de uma máquina aerotérmica é delicada por vários motivos. Deve ter espaço para circulação de ar, por exemplo, seria um erro encapsular a unidade dentro de uma sala ou colocá-la num espaço pequeno que não permita a circulação de ar adequada.
Também deve ser tido em consideração que uma instalação com bomba de calor gera ruído: circula o ar, aciona compressores, realiza descongelações e outras operações que geram muito mais decibéis do que, por exemplo, uma caldeira. Isso deve ser levado em consideração para o conforto do utilizador final, e até mesmo dos seus vizinhos.
- Como instalar corretamente a bomba de calor
Os fabricantes indicam distâncias e recomendações na instalação das bombas de calor que devem ser respeitadas. Dessa forma evitam-se problemas de manutenção e variações na temperatura do ambiente em que trabalham (e, portanto, na sua potência real como discutimos no ponto 2).
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5- Não utilizar o controlo do modo inverno/verão e desligar/ligar
Um sistema aerotérmico funciona com duas lógicas diferentes: aquecimento (queremos que funcione abaixo da temperatura X) e arrefecimento (queremos que funcione acima da temperatura X). Portanto, a mudança de modo “inverno/verão” dever ser feita de forma a que o utilizador final a realize facilmente, idealmente com um simples botão e evitando reprogramação de termostatos ou manipulação de válvulas.
O controlo da paragem automática e arranque do sistema com bomba de calor também deve ser feito de forma a garantir toda a sua eficiência energética. Uma unidade pode continuar a funcionar mesmo que não esteja a fornecer aquecimento ou arrefecimento. Portanto, garantir o controlo de paragem e arranque é também garantir o controlo do custo energético para o utilizador final.
- Como facilitar esses modos de controlo
O sistema Giacomini Klimadomotic já possui funções integradas que permitem o controlo de paragem e arranque e a comutação inverno/verão.
Se este sistema de controlo não estivere disponível, uma instalação pode ser otimizada aplicando válvulas com microinterruptores, como o modelo R473M, em cada termostato. Estes enviam um sinal para o sistema aerotérmico; quando todas as válvulas estão fechadas, a unidade de Bomba de calor pára de funcionar automaticamente.
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